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17.5.03
Redemoinhos...
Rodas, Circulos, Elipses. E eu não paro de pensar e meus pensamentos não chegam a conclusão alguma. Que peça que minha mente resolveu pregar! Preciso pensar em uma saída, mas aparentemente estou preso, cercado por paredes de concreto. Sei que em algum lugar dessas paredes existe uma massinha cinza mole por onde eu posso passar, mas ainda não descobri onde fica. E talvez o mais difícil seja justamente isso: descobrir onde está a saída e a solucão para os problemas que me aflingem.
Um sanduíche de requeijão as 5 horas da manhã, junto a um copo de guaraná diet sem gás. Opacidade e falta de graça. Onde estão as comidas deliciosas que um dia eu comi com gosto? Onde estão as pessoas que me consideravam por eu comer bem? Eu quero voltar a ser uma oferta dentre um supermercado!
Escove os dentes e passe um pouco de pasta de dente na cara.
Ontem mesmo eu vi-me deprimido por uma simples surpresa. Pegou-me desprevenido. Supresa. Mas será que eu não queria me sentir assim? Será que eu não queria sentir de novo tudo que já senti? Mas agora está diferente.
Pião. Rode, rode, rode. Fique tonto. Perca os sentidos. Caia no chão.
Pensamentos em pi não levam a nada. Mas ao mesmo tempo, explicam o universo. Eu penso em pi. Fico dando circulos e acabo sempre voltando ao mesmo lugar. Queria, ao menos um dia, andar para frente. Ver os lados, ver atrás e não achar nada de interessante.
Pelo menos não volto. Não volto. Não quero voltar.
Volto, volto, volto, volto, volto, volto, volto, volto, volto, volto, volto, volto, volto, volto, volto, volto, volto, volto, volto. Caio no chão. Perco os sentidos.
Morro por apenas uma noite. Apenas mais uma noite de sadomasoquismo não faz mal, eu digo. Mas no fundo não é sadomasoquismo. Graça. Seria?
O mundo é perfeito, eu que sou imperfeito. Se tudo fosse como eu queria que fosse, tudo seria da mesma maneira que já está. Se tudo fosse da maneira como eu não queria que fosse, tudo seria da mesma maneira que já está. Então, de novo, volta-me o beco sem saída, as paredes de concreto, a inconcretização do pesamento, a lividez do sentimento.
Leiam, releiam com atenção. Talvez tenha explicado muito. Talvez não tenha explicado nada.
Revejam seus conceitos sobre amizade. Revejam seus conceitos sobre falsidade. Revejam seus conceitos sobre interesse. Revejam seus conceitos sobre o mundo.
Parem de pensar no coletivo.
Chega.
16.5.03
O que será essa sexta feira...
Hoje tem show da minha banda "que não ensaia", a LP. Provavelmente Pedro Paulo e Piteco não estão sabendo do show, mas isso eu só saberei na hora se eles aparecerão ou não.
Eu não sinto muito prazer em tocar músicas rapidinhas e teenage explosion. Depois de quase 5 anos tocando essa música, baseada na rídicula e obscura Rattamahata do Sepultura, já não aguento mais nem escutar o riff da mesma.
Eu aposto que os integrantes da LP não aparecerão em número completo, restando a eu e luiz fazermos alguma coisa. Ou simplesmente, não tocarmos (como já fizemos outras vezes).
Mas eu estou com saudades das músicas da Long Play. Algumas músicas são realmente boas - mas problemas sérios com Pedro Paulo me impedem de mostrar o que realmente quero com as músicas.
Hoje será o ultimo show da LP como vocês conhecem. Se vocês ainda tiverem a coragem de ir, esse show acontecerá no Casarão Amarelo - as 8:00 da noite. Contará com a presença de uma banda que em muito me agrada, chama Emily Tries. O blog do vocalista está a sua esquerda - o nome mais esquisito.
Para variar, a LP não ensaiou. Acho que estamos adotando uma política de "não-ensaio". Ou então, é simplesmente porque ando envolvido demais com meu outro projeto, chamado Lírio Branco - e que realmente me da prazer em tocar.
Acho que sou seletivo e crítico demais, ao ponto de não me contentar em fazer algo que não gosto. Não é teimosia, é apenas desgosto. Aquele gosto de ferrugem na boca, aquela pequena queimação no estômago - não chega a ser um grande problema, mas está lá, latejando, doendo, para um dia, talvez, chegar a ser um grande problema.
Por isso que certas medidas precisam ser tomadas hoje. Hoje. Tenho que repetir comigo mesmo várias vezes porque eu não sou, nem nunca fui, um cara corajoso. Mas sou sincero, dentro do possível - e minha sinceridade, graças, é o que me salva.
Hoje, depois do show, não existirá mais LP. Mas foi muito bom enquanto durou. Eu me diverti. Eu sorri. E todos os outros da banda também.
Isso não é uma despedida e sim, uma mudança. Para bem ou para mal, só o tempo poderá dizer. Assim como todas as mudanças que eu possa vir a ter e as mudanças que os outros integrantes da LP possam vir a ter.
Hoje será um dia de conversas, bebedeira, som, nostalgia, diversão e, principalmente, mudanças, sinceridade e prova de amizade.
Espero que quem leia isso não me entenda mal, como as pessoas geralmente costumam fazer.
Um grande abraço a todos! =)
E obrigado por lerem meu blog!
15.5.03
Que fique bem claro:
Quando comecei a escrever aquele ".doc" eu era uma criança. Sim, eu ainda sou uma pessoa infantil e mimada e que ainda tem muito o que aprender da vida. Eu não estou ignorando nenhuma crítica sobre aquele texto mesmo porque ele não tem pretensão nenhuma de agredir ninguém ou de ser algo "nocivo à saúde mental alheia". Também não ignoro críticas por ser extremamente ruim.
Imagine-se com 16/17 anos, frustrado com a vida, sozinho, em casa tocando guitarra e fazendo pequenas cançoes grunges achando que vai salvar o universo com elas mas, ao mesmo tempo, sabendo que no fundo aquilo está "errado" e que não tem nada a ver com você.
Eu também sou gordo. Talvez meu maior erro, na época, fosse criticar as pessoas pela aparência ou pela roupa. Eu era trendy, eu era um babaca. Eu queria parecer ser maior do que realmente era, seja em termos de idade ou cabeça.
Eu não mereço elogios ou congratulações pela conclusão daquela bosta. A única coisa que me deixa feliz ao ler aquele negócio de novo é ver que ele está terminado. Mas, ao mesmo tempo, eu fico pensando comigo mesmo - "como alguém que acabara de ler Tonio Kroger de Thomas Mann e Memórias Póstumas de Brás Cubas de Machado de Assis pode escrever tal simploriedade?
Quero deixar bem claro que não sou nem um décimo do que me descrevi naquele texto.
E meu nome não é Rodrigo.
Eu sou Felipe e estou feliz com o que me tornei hoje e com o que aprendi até agora. Mesmo que continue sendo um bebezão querendo atenção.
14.5.03
Português
É bom conhecer melhor as pessoas. Comigo, agora, se confirma a máxima de que a primeira impressão não é a que fica. E eu estou muito satisfeito com isso.
Algumas pessoas emitem, talvez, na primeira vez que me conhecem, uma aura, ou alguma outra coisa, que não me atrai a elas. Mas, muitas vezes, são essas pessoas que acabam se tornando especial de alguma maneira na minha vida. Seria proteção essa aura?
Eu realmente não sei afirmar muito bem o que é. Mas eu gosto sempre de conhecer as pessoas melhor, de fazer novos amigos fortes. E muitas vezes essa "aura" prova-se errada.
Não sei se é algo meu - talvez eu esteja ficando maluco ou paranóico. Mas eu só sei que é muito gostoso descobrir que você estava errado quanto a uma pessoa super legal e que merece, e muito, sua atenção.
Por hoje é só, pessoal.
11.5.03
Björk é minha musa de inspiração hoje e sempre. Sua beleza, seu gosto musical, seu talento artistico... Enfim ela é, sim, uma mulher absurdamente apaixonante.
Se ao menos o mundo fosse justo.
Björk is and will aways be my muse of inspiration. Her beauty, her musical taste, her artistic talent... She is, yes, a woman that you could easily fall in love.
If only the world was fair.
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.: stargazer :.
Nome(name): Felipe
Idade(age): 20 anos(yrs old)
Estudo(I study): Design na PUC-RJ
Gosto de(I like): Musica(music), literatura(literature), cafe(coffee), cigarros(cigarretes), bebidas(drinks), arte(art), design, tecnologia(tecnology)
.: airstrike :.
Nome(name): Andre
Idade(age): 18 anos (yrs old)
Estudo(I study): -
Gosto de(I like): Minha namorada(my girlfriend), Coldplay, Sigur Ros, alcool(alcohol), cafe(coffee), video-game, filmes(movies), tristeza(sadness), tecnologia(tecnology) e livros, de vez em quando(and books, once in a while).
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